Equilibrar-se em cima de uma corda que une dois edificios.
Uma mulher gorda, completamente nua, a equilibrar-se em cima de uma corda que une o telhado de dois edificios.
Cá em baixo, a multidão ri, aponta o ridículo.
Cá em baixo fazem apostas sobre o momento da queda.
Quanto tempo demorará a caír, segundos?
É isto. Tarefa difícil. Suportar a troça da multidão e equilibrar-se em cima de uma corda. E nu. E gordo. Tarefa dificil.
Deus está do outro lado da corda. No outro edificio.
Não caias. Não tremas. Não temas o ridiculo.
Mas acabarás por caír.
Uma mulher gorda, completamente nua, a equilibrar-se em cima de uma corda que une o telhado de dois edificios.
Cá em baixo, a multidão ri, aponta o ridículo.
Cá em baixo fazem apostas sobre o momento da queda.
Quanto tempo demorará a caír, segundos?
É isto. Tarefa difícil. Suportar a troça da multidão e equilibrar-se em cima de uma corda. E nu. E gordo. Tarefa dificil.
Deus está do outro lado da corda. No outro edificio.
Não caias. Não tremas. Não temas o ridiculo.
Mas acabarás por caír.
in Revista Domingo
by Gonçalo M. Tavares
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Pois, pois...
Não sou eu que estou na corda, não fui eu que escrevi isto, nem sequer estou convencida da queda!
Eu estou cá em baixo, misturada na multidão.
Estou disponivel para receber apostas pela módica quantia de 100 Euros...
E tu, apostas?